Chegou ao fim a edição 2025 do ISA World Longboard Championship nesta quinta-feira (1), disputado nas excelentes ondas de até 1,5 metros de face de El Sunzal, El Salvador, e o brasileiro Rodrigo Sphaier levou a medalha de prata no individual Masculino. A equipe verde e amarela ficou na quarta colocação do ranking geral. O time da França conquistou uma inédita quarta medalha de ouro por equipes para vencer.
Depois de fazer parte das três equipes sas vencedoras de medalhas de ouro anteriores, Edouard Delpero (FRA) finalmente conseguiu superar e conquistar sua primeira medalha de ouro no individual. A medalhista de prata Rachael Tilly (EUA) também conquistou sua primeira medalha de ouro no individual, tendo feito parte da equipe dos EUA que ganhou a medalha de ouro em 2018.
Em uma disputa acirrada por equipes, as últimas baterias do evento viram as possibilidades de ouro se estreitarem a cada minuto. A vitória de Tilly garantiu a medalha de prata por equipes para os EUA, enquanto as Filipinas ficaram com a medalha de bronze e o Brasil conquistou o cobre.
Tendo ficado em segundo lugar na primeira final feminina do World Longboard Championship em 2013, em seu primeiro evento internacional aos 15 anos, foi um alívio para Rachael Tilly (EUA) finalmente levar o ouro. A atleta de 27 anos conquistou seu segundo título mundial da WSL em El Sunzal em 2024, antes de obter o título no mundial da categoria da ISAr.
Tilly agora gravou ainda mais seu nome nos livros de história, sendo a atual campeã mundial de longboard da ISA e da WSL. “Estou absolutamente sem palavras”, diz Tilly. “Obviamente, esse era o objetivo. Eu ganhei duas medalhas de prata e realmente queria ganhar o ouro. Mas eu sabia que seria uma bateria muito difícil. E então Alice (Le Moigne) começou com um nove e eu respondi com um oito e pensei: ‘ok, começou’. Então, não consigo acreditar.”
Tilly e a bicampeã mundial da ISA, Alice Le Moigne (FRA), começaram com notas excelentes. A maior onda de Le Moigne lhe deu a vantagem com um 9,00 pontos contra um 8,33 de Tilly. Uma notável disputa de remada entre as duas viu Le Moigne vender uma onda para Tilly que ela não conseguiu pegar, deixando Le Moigne com a prioridade na bateria final.
Tilly pegou uma onda sob prioridade, exibindo seu flow de bico e borda para ganhar um 6,80 em uma onda menor, enquanto Le Moigne optou por uma onda maior que não lhe permitiu encontrar um nose-ride crítico na parte externa. Ambas as surfistas ficaram na areia por um longo período esperando a nota de Le Moigne, antes que Tilly fosse anunciada como campeã.
A dupla compartilhou a final com duas surfistas que também têm vasta experiência em El Sunzal, a medalhista de prata de 2023, Maria Fernanda Reyes (PER), e Sophia Culhane (HAV), que conquistaram as medalhas de bronze e cobre, respectivamente.
Uma explosão de emoção de Edouard Delpero (FRA) após sua onda de maior pontuação na final masculina contou toda a história. Delpero estava participando de sua quarta final consecutiva do World Longboard Championship, sua terceira em El Salvador. Em todos os anos em que o evento foi realizado em El Sunzal, Delpero chegou à final na primeira colocação da repescagem, mas não conseguiu sair com a vitória. Na quinta-feira essa história finalmente mudou, com o atleta de 35 anos no topo do pódio, juntando-se ao seu irmão Antoine Delpero (FRA) como campeão mundial da ISA.
“Eu não estou percebendo o que está acontecendo agora, mas sim, eu consegui”, fala Delpero. “Foram os últimos quatro anos que cheguei à final e não consegui alcançar esse objetivo. Na edição de 2023, com Antoine (Delpero) vencendo, foi um momento tão bonito e no ano ado ele não estava lá, mas este ano ele voltou como técnico e eu venci”.
Delpero foi um dos três medalhistas de 2024 a participar da final, com os medalhistas de prata e bronze do ano ado, Taka Inoue (JPN) e Rodrigo Sphaier (BRA), juntamente com o medalhista de cobre de 2023, Rogelio Esquievel Jr. (PHI). Delpero começou na faixa excelente, aumentando de 8,50 pontos para 9,17, antes de terminar com um 9,07 para um somatório de 18,24. O domínio de Delpero deixou o resto dos competidores precisando de uma combinação de duas ondas para derrotá-lo, o que foi quase alcançado por Sphaier, cuja nota 8,60 foi a única outra nota excelente da final.
No final, Sphaier adicionou uma medalha de prata ao seu ouro de 2010 e bronze de 2024, enquanto Esquievel e Inoue conquistaram suas segundas medalhas, bronze e cobre, respectivamente.
“Que dia maravilhoso para o longboard, que semana incrível, ondas incríveis. Quero primeiro agradecer a todos os atletas e especialmente parabenizar os medalhistas. Obrigado a todos por virem. Obrigado ao povo e ao governo de El Salvador por fazer de El Salvador um dos destinos mais importantes do surfe”, afirma o presidente da ISA, Fernando Aguerre.
“Quero parabenizar, especialmente o presidente Nayib Bukele, que, em algum momento de 2019, me ligou e disse: ‘Quero fazer de El Salvador um dos principais lugares no mundo do surfe.’ Parabéns, você conseguiu. Quero também parabenizar Morena Valdez, a Ministra do Turismo. E a todos os atletas, que agora vão para casa como embaixadores de El Salvador, este povo lindo, este lugar lindo. Muito obrigado”.
Equipes
Ouro – Franca
Prata – EUA
Bronze – Filipinas
Cobre – Brasil
Feminino
Ouro – Rachael Tilly (EUA)
Prata – Alice Le Moigne (FRA)
Bronze – Maria Fernanda Reyes (PER)
Cobre – Sophia Culhane (HAV)
Masculino
Ouro – Edouard Delpero (FRA)
Prata – Rodrigo Sphaier (BRA)
Bronze – Rogelio Esquievel Jr. (FIL)
Cobre – Taka Inoue (JAP)
