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Desde que saí de casa o objetivo era surfar Regência (ES). Sempre sonhei em pegar essa onda, mas por algum motivo nunca fiz a missão para lá. Quando cheguei no Rio de Janeiro já comecei a monitorar o swell e esperar para ir na hora certa. Quando apareceu um balanço no radar eu dei um toque no Pepe, Petterson Thomaz, irmão que eu conheci há alguns anos na Indonésia. Moleque nota mil e com um dos surfes mais bonitos que eu já vi.
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Me joguei em uma barca que eu não conhecia ninguém e ele estava lá. Além dele, estavam Icaro Ronchi, Pato e Guga Arruda. Todo dia era show de surfe. Em uma trip dessas, teu surfe evolui mil vezes a mais do que numa viagem normal, cada toquezinho que os caras dão economiza anos de aprendizado na marra.
Liguei para o Pepe já acelerando o bicho, e ele se animou. Em cima da hora o swell não estava segurando tanto e ele acabou dando para trás. Mas, me conectou com um brother de lá e pelo menos eu já tinha uma base ali para quando eu chegasse.
A viagem de Búzios (RJ) para Regência leva mais ou menos oito horas. Acordei cedinho e comecei de novo a missão de arrumar as coisas para vazar. A trip foi uma delícia, mas a única coisa foda foi a chuva no caminho.
Quando programei o roteiro eu achei que levaria as pranchas na caçamba, aí depois que eu percebi a quantidade de coisas que eu estava levando, vi que as pranchas teriam que ir em cima. Sem rack, o jeito é meter a fita e seguir em frente. Fita e chuva não fazem uma combinação agradável.
Ficamos encharcados, o cachorrinho não estava entendendo nada, me olhou com uma cara como quem quisesse dizer “que porra é essa que está acontecendo? Como está chovendo dentro do carro" data-r4ad-mobile>