Rock and Roll Circus

Valeu, Charlie Watts

Waves celebra memória do baterista Charlie Watts, do The Rolling Stones.

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Para prestar uma homenagem ao baterista Charile Watts, falecido nesta semana aos 80 anos, Waves tira do baú o vídeo The Rolling Stones Rock and Roll Circus, um registro único da cena londrina no auge da psicodelia.

Gravado durante um show em Londres em 1968, The Rolling Stones Rock and Roll Circus foi originalmente concebido como um especial da TV estatal inglesa BBC. Dirigido por Michael Lindsay-Hogg, o filme se concentra na formação original dos Rolling Stones: Mick Jagger (vocal), Keith Richards (guitarra), Brian Jones (guitarra), Charlie Watts, Bill Wyman (baixo), com assistência de Nicky Hopkins (teclado) e Rocky Dijon (percussão).

A grande banda de rock and roll do mundo, maior “rival” do The Beatles, apresenta seis clássicos – Jumpin’ Jack Flash, Parachute Woman, No Expectations, You Can’t Always Get What You Want, Sympathy For The Devil e Salt For The Earth.

Para completar, Circus também inclui performances extraordinárias de The Who, Jethro Tull, Taj Mahal, Marianne Faithfull, Yoko Ono e The Dirty Mac – simplesmente o primeiro supergroup da história, uma banda composta por Eric Clapton (guitarra), Keith Richards (baixo), Mitch Mitchell, do The Jimi Hendrix Experience (bateria) e John Lennon na guitarra e voz, interpretando Yer Blues, do The Beatles.

Blues branco Filho de um caminhoneiro, Charlie era o baterista da Blues Incorporated, a primeira banda britânica formada exclusivamente de músicos brancos, a tocar blues, o ritmo pai de todos sons dos negros americanos, ritmo o qual fazia muito sucesso com a juventude londrina no começo da década de 1960.

Esta banda, liderada por Alexis Korner, tocava regularmente no Ealing Club de Londres. Foi lá que Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones, fãs incondicionais do blues, conheceram Watts e se empolgaram com sua qualidade como músico.

Convidaram-no, humildemente, para ser o baterista da banda que estavam planejando formar, itindo que não tinham como pagá-lo naquele instante. Charlie acabou aceitando trocar o já estável Blues Incorporated pelo projeto de Mick, Keith e Brian, o que, em pouco tempo, se demonstrou a decisão profissional mais acertada de sua vida.

Entrou assim para os The Rolling Stones como baterista em 1963, posição que ocupou até à sua morte, sendo portanto o único baterista da história da banda e um dos três únicos membros que estiveram desde a primeira formação e em todas as formações, ao lado de Jagger e Richards.

Charlie foi o mais discreto dos Stones, desde a saída do baixista Bill Wyman.

No entanto seu relacionamento com os demais membros da banda foi bem menos ivo do que pareceu: provocou seu amigo Keith Richards, e suas “excêntricas” escolhas para vestir durante os shows, brincando: “Keith, você ainda vai usar as roupas que pegou da sua mãe" data-r4ad-mobile>